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Engajamento de trabalhadores aposentados deve inspirar juventude para fortalecimento do movimento sindical

Voltamos energizados e enriquecidos com as experiências trocadas, e retornaremos às nossas lutas, reforçando os nossos coletivos para tornar nossa mobilização cada dia melhor, afirmou o secretário de Aposentados e Assuntos Previdenciários da Confederação, Sérgio Kumpfer

Publicado: 24 Maio, 2024 - 17h31

Escrito por: CNTE

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“Aposentados/as ainda têm muito a contribuir para luta!”. Essa é a certeza que os/as dirigentes representantes de entidades filiadas à CNTE levarão para a mobilização em seus estados. Nesta sexta-feira (24), o Coletivo de Aposentados/as da Confederação recebeu o ex-presidente da CNTE e ex-deputado federal por Mato Grosso, Carlos Abicalil, que contribuiu para reafirmar a importância dos/as trabalhadores/as aposentados/as na militância sindical.

O evento, que iniciou nesta quinta-feira (23), foi coordenado pelo secretário de Aposentados e Assuntos Previdenciários da Confederação, Sérgio Kumpfer.

“Saímos com uma compreensão mais completa da atuação dos/as trabalhadores/as aposentados/as. Voltamos energizados e enriquecidos com as experiências trocadas entre as entidades, e retornaremos às nossas lutas, reforçando os nossos coletivos nos municípios e nos estados para tornar nossa mobilização cada dia melhor”, afirmou.

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> LEIA MAIS: Coletivo tonifica luta de trabalhadores aposentados da educação na defesa dos direitos previdenciários e do ensino público

Reacender a luta 

Segundo Carlos Abicalil, dado o cenário político vivido na educação pública e por seus profissionais, é esperado o momento em que a próxima geração precisará retomar lutas já feitas pelos trabalhadores que hoje estão aposentados, por mais concursos públicos, estabilidade, carreira e pelo direito de também se aposentarem um dia.  

“Boa parte de nós enfrentou o período destas lutas e viveu a fundação das associações, na época, clandestinas, pois não podiam existir sindicatos. Essa marca histórica é carregada por nós que chegamos à etapa 60+. Mas essa história precisa ser reavivada em cada coração e mente daqueles que estão ingressando na nossa carreira, e que já não acreditam mais na luta, nem apostam no futuro. Boa parte não desenham mais a aprovação em concursos, nem uma carreira com aposentadoria, pensam só no dia seguinte e em como complementar a sua renda”, apontou. 

Ele ainda reforçou o conceito de sindicatos, no momento que estão divididos, serem um local onde a coletividade é quem lidera. 

“A identidade coletiva e de classe é o que presta ao sindicato um sentido. Quando destruímos a condição de classe e o espírito coletivo como o guia da ação comum entre as pessoas que ali se reúnem, estamos destruindo a possibilidade de nos reconhecermos como pessoas iguais em direito, dignidade e comunidade”, declarou.

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“A nossa condição de aposentados não significa nada além de uma nova etapa de luta. E, no nosso caso, não significa o fim da nossa luta. Temos direito de existir, na proporção do que somos, dentro das instituições sindicais”, completou.

Para ele, a participação dos/as trabalhadores/as aposentados/as nas entidades sindicais também deve ter o olhar direcionado para o futuro, com a preocupação em manter o movimento da base sempre crescente.

“Isso significa que o nosso engajamento é exemplar para quem vem depois. Essa nossa paixão nos engaja na campanha para conscientizar aqueles que estão ingressando agora na compreensão do que é a luta de classe, a disputa pelo direito, o desenho do orçamento, a participação no colegiado de decisão com gestão democrática que temos que exercer naquilo que é a nossa representação”, enfatizou Abicalil.

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Motivação para continuar

Para o presidente da CNTE, Heleno Araújo, o Coletivo de Aposentados serviu para explicitar a importância e as tarefas que os/as trabalhadores/as precisam continuar desenvolvendo na defesa da educação e dos direitos dos trabalhadores.

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“Nós precisamos muito dos/as trabalhadores/as aposentados/as nesse trabalho que estamos desenvolvendo. Temos um desafio posto para nós, e ele traz a necessidade e motivação para continuarmos essa defesa dos nossos direitos... O que temos hoje foram conquistas importantes, mas são insuficientes para atender os nossos sonhos, reivindicações, e o desejo de todos em ter o direito à educação com qualidade, e isso passa diretamente pela nossa valorização”, destacou.

“A nossa luta é feita coletivamente. Se for feita individualmente, com certeza, será muito mais dura, doída e com grandes chances de não chegarmos a lugar nenhum”, considerou a secretária de Finanças da CNTE, Rosilene Corrêa.

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Ela também aproveitou o momento para reiterar a necessidade de renovação das práticas e da comunicação sindical. 

“O mundo andou, as coisas mudaram, então, o nosso sindicato também precisa mudar. Mas isso não significa que essa mudança não possa e deva ser feita por nós, que ainda estamos aqui, que já batalhamos muito e ainda temos capacidade de continuarmos fazendo. Não é só uma questão geracional, a nossa prática é o que sempre precisa ser renovada, nos mantendo atual”, disse Rosilene.

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“Cada um de nós que esteve presente acredita na possibilidade de mudança do que vivemos hoje, por isso continuamos na luta. Certamente, sairemos fortalecidos, entendendo que devemos continuar lutando para que a juventude venha para o movimento sindical, mas que nós aposentado ainda temos muito a contribuir e ensinar”, finalizou Paulina Pereira Silva de Almeida, secretária Executiva da CNTE,