Greve dos professores municipais completa quatro dias seguidos em Curitiba

A greve dos professores da rede municipal de ensino completa quatro dias seguidos em Curitiba nesta sexta-feira (24). A prefeitura deve divulgar, até o fim da manhã, um balanço de quantas escolas estão fechadas na capital paranaense.

Na quinta-feira (23), a administração municipal informou que, das 185 escolas municipais de Curitiba, 129 funcionaram normalmente; outras 22 tiveram atendimento parcial e 34 não funcionaram.

Os professores municipais reivindicam, principalmente, a implantação de um plano de carreira. Por lei, a nova tabela salarial deveria ter sido implantada em dezembro de 2016, mas, até agora, não existe nenhuma definição sobre o assunto.

Além disso, a categoria ainda reivindica a contratação de novos professores. O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) afirmam que há uma defasagem de quase mil professores na rede municipal.

Na quinta-feira, o prefeito Rafael Greca (PMN) recebeu o magistério para uma reunião de negociação, mas, conforme a categoria, não houve avanço significativo em nenhuma das reivindicações.

A reunião durou cerca de uma hora. Conforme Greca, no momento, não é possível implementar um plano de carreira devido à falta de dinheiro no caixa da prefeitura. "Nós não podemos assumir maiores despesas porque a nossa dívida é de dois anos inteiros de IPTU, de R$ 1,2 bilhão", disse.

Nesta sexta-feira, categoria tem um ato marcado na Boca Maldita, às 9h; já às 14h, deve ser feita uma assembleia na Praça Santos Andrade para definir como fica a continuidade da mobilização.
Orientação para os pais

A Secretaria Municipal de Educação orienta os pais dos alunos para que entrem em contato com as unidades e levem os filhos às escolas quando houver professores. Caso tenham dúvidas, também podem entrar em contato com o núcleo regional de ensino da sua região.

Para garantir o atendimento, a secretaria informou que está fazendo remanejamento dos profissionais, de forma que os alunos que compareçam às unidades não fiquem sem aula.

O que a prefeitura diz

A prefeitura se manifestou por meio de nota. Veja a íntegra abaixo:

"Desde o início desta gestão, a Prefeitura busca meios de honrar os compromissos assumidos pela gestão anterior com os servidores, como o pagamento da última parcela do Plano de Cargos, que deveria ter sido quitada em dezembro de 2016.

Só na área da Educação, a dívida herdada da gestão anterior foi de R$ 140 milhões. O pagamento a fornecedores como os de limpeza, manutenção, alimentação escolar, transporte e sistema tecnológico é indispensável ao andamento das atividades nas unidades escolares.

A Prefeitura de Curitiba mantém a postura de diálogo com os servidores do magistério municipal".

(Portal G1, 24/03/2017)