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Júri popular aos responsáveis pela morte dos professores Álvaro Henrique e Elisney Pereira

No dia 17 de setembro de 2009 ocorreu, em Porto Seguro/BA, o brutal assassinato de dois professores da rede municipal de ensino, Professor Álvaro Henrique, com 28 anos, pai de uma criança especial de dois anos de idade na época, e o Professor Elisney Pereira, com 31 anos, casado, pai de três filhos menores de idade. Professor Álvaro havia tomado posse no mês de julho/2009...

Publicado: 01 Novembro, 2017 - 09h08

Escrito por: CNTE

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No dia 17 de setembro de 2009 ocorreu, em Porto Seguro/BA, o brutal assassinato de dois professores da rede municipal de ensino, Professor Álvaro Henrique, com 28 anos, pai de uma criança especial de dois anos de idade na época, e o Professor Elisney Pereira, com 31 anos, casado, pai de três filhos menores de idade. Professor Álvaro havia tomado posse no mês de julho/2009 como presidente da APLB. Liderou movimento em prol de uma escola pública de qualidade, além de fazer denúncias nos órgãos competentes sobre irregularidades na aplicação dos recursos do FUNDEB.

Diante da intransigência do prefeito, em não querer negociar, a categoria decidiu pela greve. Dois dias depois de decretada a greve, o Professor Álvaro recebeu ligação de sua mãe que, forçada pelos criminosos, foi informado que seu filho estava passando mal e, em companhia do Professor Elisney, seguiram juntos para o sítio onde residia. Ao chegarem, sem nenhuma chance de defesa, foram recebidos a bala.

Depois de meses de investigação, o Ministério Público do Estado da Bahia ofereceu denuncia contra o Secretario de Governo e Comunicação do município, do governo da época, Edésio Lima, e três Policiais Militares que faziam a segurança do ex-prefeito. Os apontados foram presos em 2010 e ficaram detidos por, aproximadamente, dez meses.

Julgados, Edésio Lima foi apontando como mandante. Além dele, dois PMs foram indiciados como aliciadores dos algozes. O motorista do ex-secretário foi apontado como um dos executores e, juntamente com outro comparsa, foi assassinado como queima de arquivo meses depois. Além desses dois casos, outra pessoa, sondada para participar dos assassinatos, foi alvejada com 12 tiros, sobreviveu e passou a ser testemunha. Estes crimes, considerados de mando pelo MP, não podem ficar impunes. Familiares, amigos/as e a sociedade aguardam a decisão do Superior Tribunal de Justiça. O Juri Popular precisa ser marcado para que os culpados paguem pelos crimes bárbaros que cometeram.

(APLB-Sindicato, 31/10/2017)