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Mensagem da Internacional da Educação aos educadores brasileiros

Mesmo impossibilitada de falar – por um problema nas cordas vocais – não poderia deixar de comparecer a mais esta mobilização da CNTE. Nas últimas décadas, nenhum avanço na educação ocorreu sem o protagonismo da Confederação. Da mesma forma, nenhum dos muitos desafios que ainda persistem deixaram de ser enfrentados pelo movimento. A CNTE, de fato e de direito, é a porta-voz...

Publicado: 05 Setembro, 2012 - 18h04

Escrito por: CNTE

Mesmo impossibilitada de falar – por um problema nas cordas vocais – não poderia deixar de comparecer a mais esta mobilização da CNTE. Nas últimas décadas, nenhum avanço na educação ocorreu sem o protagonismo da Confederação. Da mesma forma, nenhum dos muitos desafios que ainda persistem deixaram de ser enfrentados pelo movimento. A CNTE, de fato e de direito, é a porta-voz dos trabalhadores da educação básica pública do Brasil.

Este grande compromisso, no entanto, não afasta a Confederação dos grandes temas nacionais, nem de seus parceiros estratégicos que disputam um projeto de sociedade solidária, includente e socialista. Hoje, muitos se associam a esta marcha, como a CUT, a CTERA da Argentina, a CEA, a Internacional da Educação para a América Latina, as confederações e sindicatos nacionais, o movimento social do campo e da cidade, as representações estudantis, as lideranças políticas do campo democrático e popular e, especialmente, os sindicatos de base da CNTE, provenientes de todos os cantos do país.

Pela força da mobilização, os trabalhadores em educação puseram na agenda política a inclusão de creches no Fundeb, a ampliação da educação obrigatória, a participação da União no financiamento da educação básica, a retirada da educação da DRU, a discussão do novo PNE, entre outras políticas públicas. Agora, o desafio é alcançar 10% do PIB para dar o salto de qualidade que o país precisa em termos de educação.

O grande desafio para a valorização profissional é tornar a Lei do Piso uma política concreta de todos os estados e municípios brasileiros. Essa foi uma conquista que chegou com dois séculos de atraso e cada dia a mais na sua implantação integral representa uma dívida dos gestores para com os educadores brasileiros. Mais ainda: o cumprimento desta Lei abre caminho para uma política mais ampla, que inclua os funcionários de escola e dialogue com todos os componentes da valorização profissional; salário, carreira, formação, jornada e condições adequadas de trabalho.

Em nome da Internacional da Educação, trago o reconhecimento de nossa entidade pela contribuição que a CNTE – em conjunto com a Contee e o Proifes e com os sindicatos da América Latina – tem dado ao movimento mundial dos educadores. Por fim, no mês em que se celebra o aniversário de nascimento do nosso inesquecível Paulo Freire, estamos ajudando a construir um de seus grandes sonhos: "encher o país de marchas". Com esta marcha, a CNTE dá seu recado aos governos e ao parmanto. Com esta marcha, a CNTE dialoga com a sociedade brasileira. Com esta marcha, a CNTE mantém a história em movimento. Um grande abraço

Juçara Dutra Vieira

Vice-presidente da Internacional da Educação