O pagamento do piso salarial aos professores é obrigação de todo bom gestor e solução para greve dos educadores do Amapá

Ao completar um mês em greve, os/as trabalhadores/as em educação do Estado do Amapá lutam pela aplicação no Estado da Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério. A reivindicação da categoria não vai nada além do que pedir o justo, o legítimo e o legal ao Governador do Estado do Amapá, Clécio Luís: adequar a remuneração dos/as servidores/as públicos estaduais, ligados à carreira do magistério, ao valor indicado do reajuste de 14,95% em todas as faixas salariais da tabela de remuneração dos/as professores/as, não permitindo que ninguém da carreira receba um valor inferior a R$ 4.420,55.

A greve iniciada ainda no dia 13 de abril já deveria ter sido suficiente para que o Governo do Estado se mobilizasse para cumprir a legislação federal. Quando insiste em descumprir a lei, o governador assume a responsabilidade moral e política pela continuidade do movimento dos/as professores/as, que compromete a prestação do serviço público educacional no Estado. A categoria dos/as professores/as da rede estadual de ensino padece, por longos 11 anos, de uma real valorização digna de sua carreira.

Os/as educadores/as de todo o país se somam em luta e solidariedade ao movimento dos/as professores/as do Amapá. Rogamos para que Clésio Luís se tome desse mesmo sentimento de solidariedade, para além do formalismo da nomenclatura de sua sigla partidária, e assuma o compromisso de defesa da educação do povo que o elegeu.

O afastamento dos/as estudantes das salas de aula está na conta do Governo do Estado do Amapá e, se seu gestor maior insistir em não cumprir a lei, entrará para a História com a pecha de inimigo da educação da população. Que o governador encontre o mais rápido possível a solução para o fim dessa greve e que, valorizando a educação com o pagamento justo do piso salarial de seus/uas professores/as, consiga honrar a missão que o povo amapaense lhe conferiu nas urnas quando o elegeu.

Brasília, 12 de maio de 2023

Direção Executiva da CNTE