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PB: Trabalhadores em educação de João Pessoa discutem continuidade de greve em assembleia

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa reúne a categoria às 15h00 desta quarta-feira, durante assembleia no auditório da Federação Espírita, no bairro da Torre, para avaliar a contraproposta de 3% de reajuste salarial da Prefeitura aos 16% reivindicados pela entidade. Em seguida, haverá uma passeata até o parque Solon de Lucena, onde será rea...

Publicado: 18 Março, 2015 - 11h17

Escrito por: CNTE

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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa reúne a categoria às 15h00 desta quarta-feira, durante assembleia no auditório da Federação Espírita, no bairro da Torre, para avaliar a contraproposta de 3% de reajuste salarial da Prefeitura aos 16% reivindicados pela entidade. Em seguida, haverá uma passeata até o parque Solon de Lucena, onde será realizado mais um ato público, que continuará a denunciar a insatisfação em relação à valorização profissional da educação e as precárias condições de trabalho existente nas escolas.

Segundo o presidente do Sintem-JP, Daniel de Assis, a tendência maciça da categoria é não só continuar com o movimento paredista, que atingiu todas as 96 escolas da Capital, como fortalecê-lo, com a adesão dos profissionais e servidores que atuam junto aos Centros de Referência em Educação Infantil (Crei’s).

“Todos se sentiram ultrajados com esse índice sugerido, bem como pelas justificativas de crise econômica e redução do Fundeb”, destacou, lembrando que diversos outros municípios de igual ou menor porte já concederam o reajuste de 13% aplicado pelo MEC ao piso salarial dos professores, como Campina Grande, Cabedelo, Teresina, Recife, São Luis e Natal.

Precariedade de funcionamento

Ele afirmou que nas escolas, as instalações físicas estão se deteriorando por falta de um programa de manutenção continuo até mesmo nas escolas mais novas encontramos problemas dessa ordem, e também não existe sequer um depósito para receber o mobiliário e material impróprio para o uso, ficando estes expostos nos corredores das escolas.

“O quantitativo de material de limpeza, de expediente e pedagógico encaminhado no inicio do ano letivo é insuficiente para o atendimento de um semestre, tempo este determinado pela SEDEC para reposição. A falta de recursos humanos, principalmente nas atividades de limpeza, vigilância, inspetores de alunos e equipe técnica é outra realidade nas escolas”, advertiu.

Daniel também lembrou que hoje existem duas situações distintas nos Crei’s: os construídos com verbas do Programa Brasil Carinhoso, com infraestrutura adequada e aqueles que apresentam situação de precariedade nas instalações físicas, o que gera desigualdade na qualidade de atendimento às crianças atendidas. Além disso, existe carência de equipe técnica-pedagógica na maioria deles. Na questão salarial o professor prestador de serviço PS que trabalha 40 horas semanais recebe R$ 1.465,20, valor este inferior ao piso salarial nacional.

Abaixo do piso

Ele negou com veemência que o reajuste garantirá um salário de R$ 2.506 para uma carga horária de 30 horas semanais, num valor 74,14% acima do piso nacional da categoria, como vem sendo alardeado pela Prefeitura.

E lembrou que atualmente sequer é pago o piso salarial para o professor polivalente prestador de serviço, que percebe R$ 1.052,00, bem inferior aos R$ 1.198,61 previstos para uma carga horária de 25 horas.

“O vencimento inicial referência para o piso do magistério é R$ 1.403,70 e com o reajuste oferecido de 3% iria para R$ 1.445,90, o que representaria um acréscimo de apenas R$ 42,11″, esclareceu.

Daniel afirmou ainda que a remuneração, que é de R$ 1.824,92, passaria dos atuais R$ 1.824,92 para R$ 1.879,67, num aumento de R$ 54,75.