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[PE] Em assembleia lotada, professores do Recife aprovam greve por unanimidade

Publicado: 06 Maio, 2025 - 18h21 | Última modificação: 06 Maio, 2025 - 18h31

Escrito por: Simpere | Editado por: Simpere

Filipe Gondim/Ascom Simpere
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Em assembleia geral realizada na manhã desta terça-feira (7), no Clube Português, professoras e professores da rede municipal do Recife aprovaram, por unanimidade, a deflagração da greve. A decisão foi tomada após sucessivas rodadas de negociação com a Prefeitura do Recife sem qualquer avanço na pauta da categoria.

Em estado de greve desde o dia 10 de abril, os profissionais cobram o cumprimento integral da Lei do Piso, a valorização da carreira e a reparação das perdas salariais acumuladas. Na última reunião, realizada ontem (6), a gestão João Campos mais uma vez não apresentou proposta satisfatória de reajuste, reforçando o descaso com a educação pública.

Vamos seguir os trâmites legais. Então, a prefeitura tem 72h pra se manifestar. Sexta-feira uma nova assembleia está marcada para deflagrar a greve.

Sem acordo com a Prefeitura do Recife, professoras e professores deliberam sobre greve nesta terça-feira (6)

Assembleia acontece um dia após mesa de negociação com a gestão João Campos, que apresentou, novamente, uma proposta de reajuste abaixo do Piso Nacional do Magistério

Sem qualquer avanço na mesa de negociação realizada na tarde desta segunda-feira (5), o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE) convoca a categoria para a assembleia geral desta terça-feira (6), às 8h, no Clube Português (Av. Rosa e Silva, 172 – Graças). A reunião deve deliberar sobre a deflagração da greve, diante da ausência de propostas da Prefeitura do Recife que atendam às reivindicações das professoras e professores.

Nesta segunda (5), durante mesa de negociação na Escola de Formação de Educadores do Recife Professor Paulo Freire (EFER), a proposta da Prefeitura foi, novamente, muito aquém do que determina a legislação e do que exige a categoria, oferecendo 1,5% de reajuste até junho e acrescendo 0,95% a partir de julho, ignorando o índice de 6,27% estabelecido pelo Piso Nacional do Magistério, além da reparação das perdas acumuladas de 12,78% dos anos anteriores. “A cada rodada de negociação sem resposta, a prefeitura sinaliza que não considera a educação uma prioridade. A categoria está no limite e pronta para dar a resposta necessária”, afirmou Jaqueline Dornelas, coordenadora geral do SIMPERE.

Desde o dia 10 de abril, a categoria está em estado de greve. As educadoras e educadores cobram o pagamento dos 6,27% referentes ao reajuste de 2024, a incorporação à carreira, a reposição das perdas históricas (que somam 12,78%) e o cumprimento da jornada prevista em lei, com garantia da aula-atividade. Além das pautas financeiras, também seguem na agenda de reivindicações a reestruturação dos interstícios da carreira, o acréscimo de carga horária para 2025 e a valorização dos profissionais aposentados, que vêm sendo ignorados pela atual gestão.

“Estamos diante de uma escolha coletiva. Se a Prefeitura não cumpre a lei, se recusa a valorizar a educação e ignora a voz da categoria, é preciso responder à altura. Estamos prontos para defender nossos direitos”, reforça Anna Davi, também coordenadora do sindicato. A assembleia será decisiva para os rumos da mobilização. O SIMPERE convoca toda a base a comparecer, participar da votação e construir coletivamente os próximos passos da luta por respeito e valorização profissional.