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Pelo direito à vida de todas as mulheres! Pelo direito a todas as formas de amar e de viver!

Publicado: 29 Agosto, 2023 - 18h05

Escrito por: CNTE

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Nesse dia 29 de agosto comemoramos o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica no Brasil. A data foi escolhida por causa do 1o Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), ocorrido ainda em 1996. A criação desta data tem como principal objetivo focar na luta pelo combate à lesbofobia, ou seja, o preconceito contra mulheres lésbicas. As mulheres lésbicas vivem um acúmulo de opressões: são apagadas, violentadas e negligenciadas em todos os aspectos de suas vidas.

Um dos maiores desafios de discutir assuntos ligados à comunidade LBTIA+ é reconhecer que cada letra possui as respectivas demandas e pautas, porém nem sempre elas andam totalmente isoladas umas das outras. Nesses casos, é preciso unir as respectivas demandas e organizá-las dentro de um novo contexto que as marginaliza de diferentes formas e em diferentes níveis. Neste dia da visibilidade lésbica, é importante lembrar que nem todas as mulheres lésbicas são cisgênero: mulheres trans também vivenciam a lesbianidade e, portanto, conhecem a realidade de ser trans e de ser lésbica simultaneamente.

A exploração, o preconceito, a discriminação e toda a intolerância fazem desse dia um dia de luta. Lutar pela visibilidade lésbica é lutar pelas políticas públicas que sempre lhes foram negadas, bem como ocupar o espaço que sempre lhes foram tirados. É expor as especificidades que não podem e não devem nunca ser ignoradas.

Chega de intimidação e preconceito em pleno século XXI. Chega de perseguição, de mentiras e de calúnias. É preciso que as escolas brasileiras assumam o debate de gênero para que todo e qualquer tipo de violência, inclusive a lesbofobia, sumam de vez de nossas vidas. A CNTE apoia que esse debate contra a violência de gênero seja assumido, cada vez mais, nos bancos escolares. Nos dias atuais muito se fala em interseccionalidade e, por isso mesmo, é preciso olhar para os diferentes marcadores sociais e culturais que imprimem as violências nossas de cada dia, como por exemplo, contra a mulher, contra a lésbica, contra a negra e periférica, sem emprego e de classe socioeconômica mais baixa. Todos esses marcadores sociais deixam a situação do ser humano mais vulnerável à violência.

O nosso compromisso, além de bradar a luta pela equidade, pelo respeito às mulheres lésbicas e pela consideração integral de todas as camadas interseccionais que compõem essa luta, é assegurar a garantia de espaço para todes. Nessa direção, e somente nela, acreditamos que há condições mínimas para contribuir com um mundo mais justo e igual.

Brasília, 29 de Agosto de 2023

Direção Executiva da CNTE