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Trabalhadores da educação paralisam atividades em defesa do ensino público

Nesta quarta (23), sindicatos filiados à CNTE promovem paralisações em todo o país, na luta por valorização profissional, investimentos na educação pública e o combate à privatização do ensino público

Publicado: 23 Abril, 2025 - 11h06 | Última modificação: 23 Abril, 2025 - 20h58

Escrito por: CNTE | Editado por: CNTE

Henrique Lima / SINPROJA
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Professores, professoras e demais trabalhadores e trabalhadoras da educação de todo o país se mobilizam nesta quarta-feira (24) em defesa da escola pública de qualidade, democrática e que respeita os profissionais da educação. 

A paralisação nacional, engajada por sindicatos filiados à CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), integra as ações da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública - uma campanha anual que reafirma a importância da valorização profissional, do investimento adequado e da gestão democrática nas escolas públicas.

A Semana Nacional chama a atenção da sociedade para os riscos da transferência de recursos públicos para o setor privado, fragilizando a gestão democrática e reduzindo direitos como piso salarial, planos de carreira e concursos públicos, levando a desvalorização profissional dos/as professores/as e  funcionários/as da educação.

Veja como foram as mobilizações em todo o Brasil: 

CEARÁ

Em Fortaleza, o SINDIUTE deu início ao movimento  ainda na terça-feira (23), reunindo educadores(as) em um ato que cobrou do prefeito Evandro Leitão mais respeito e compromisso com a educação. Alunos (as) também participaram, entregando cartas escritas por eles próprios, com relatos que revelam os impactos da precarização nas salas de aula.

 

 

 

MARANHÃO
Em São Luís, o ato público desta quarta-feira (23) aconteceu na Praça Deodoro Centro. Um VT produzido pelo Sindeducação foi veiculado na TV Mirante (Globo), para convocar professores (as), estudantes, entidades apoiadores e comunidade em geral para participação na Paralisação Nacional pela Educação Pública.

SindeducaçaoSindeducaçao

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PARAÍBA

Em João Pessoa, o SINTEP-PB, em parceria com sindicatos municipais, realizou uma manifestação nesta quarta-feira (23) na Praça dos Três Poderes, em frente à Assembleia Legislativa, como parte da Paralisação Nacional pela Educação Pública convocada pela CNTE.

O ato reuniu dezenas de profissionais da educação para combater a privatização, militarização e desvalorização da categoria, além de reforçar pautas locais em defesa de um ensino público, democrático e de qualidade.

As escolas estaduais da 1ª Regional e dos municípios de João Pessoa, Bayeix e Cabedelo tiveram 100% de adesão à paralisação, demonstrando a força da mobilização.

SINTEP-PBSINTEP-PB

 

PERNAMBUCO

Nesta quarta (23), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE) realizou uma das maiores paralisações dos últimos anos, com 900 escolas estaduais paradas - o equivalente a 90% da rede de ensino. Desse total, 67,2% fecharam totalmente, 27,2% fecharam parcialmente e 5,6% realizaram atividades alusivas ao dia. Este número representa cerca de 90% da rede que é composta por 1.051 escolas.

A mobilização contou com a participação de professores, demais trabalhadores em educação, estudantes e comunidades escolares, em um dia marcado pela defesa da escola pública, por investimentos em estrutura, climatização de salas de aula e valorização dos profissionais da educação.

A presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, destacou dados preocupantes sobre o repasse do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e cobrou explicações do Governo do Estado sobre a devolução de recursos não utilizados no ano de 2023. “O Governo precisa explicar por que deixou os estudantes passando fome em 2023 e permitiu que mais de 30 milhões de reais do PNAE voltassem para a União”, questionou Ivete.

Nesta quinta-feira (24), o Sindicato realizará uma Assembleia Geral onde debaterá com a categoria a contraproposta do Governo à Pauta de Reivindicações entregue neste ano.

 

João Carlos Mazella/SintepeJoão Carlos Mazella/Sintepe

João Carlos Mazella/SintepeJoão Carlos Mazella/Sintepe

João Carlos Mazella/SintepeJoão Carlos Mazella/Sintepe

Também nesta quarta-feira (23), o SIMPERE e professores do Recife participaram de um ato público durante a paralisação nacional da educação, reunindo uma grande quantidade de trabalhadores em defesa da educação pública e da valorização profissional. A mobilização destacou reivindicações como o piso salarial, melhores condições de trabalho, estrutura escolar digna e respeito aos direitos da categoria.

Na quinta-feira (24), haverá uma mesa de negociação com a Prefeitura do Recife, e o SIMPERE convoca os professores para uma vigília a partir das 9h em frente à Prefeitura. Jaqueline Dornelas, coordenadora do sindicato, afirmou que a categoria rejeita o reajuste de apenas 1,5% e exige o pagamento dos 6,27% incorporados à carreira, além de reparação por perdas passadas, ameaçando greve caso as demandas não sejam atendidas.

SIMPERESIMPERE

 


Em Cabo de Santo Agostinho (PE), professores do e movimentos populares realizaram um ato histórico! Na manhã desta quarta-feira (23), a categoria aderiu ao Dia Nacional de Paralisação da Educação e denunciou os mais de 40% de defasagem salarial e as precárias condições das escolas do município.

Desde o início de fevereiro, o SINPC apresentou à Prefeitura a pauta de reivindicações da categoria. No entanto, até agora, nenhuma resposta concreta foi dada.

A mobilização de hoje é apenas o começo. É fundamental intensificar a luta, fortalecer a campanha salarial e mostrar que a categoria segue firme na defesa de seus direitos! Só com unidade, participação nas assembleias e presença nos atos conquistaremos mais investimentos na educação, valorização profissional e melhores condições de trabalho!

SINPCSINPC

SINPCSINPC

SINPCSINPC

 

Jaboatão dos Guararapes - Em dia de intensa mobilização, o SINPROJA iniciou as atividades na terça-feira (22) com uma reunião estratégica para definir o calendário de lutas da Campanha Salarial 2025. Logo em seguida, centenas de educadores(as) lotaram o Clube Ferroviários de Jaboatão Centro para a Assembleia Geral que avaliou a proposta municipal - um reajuste de apenas 5,33% a partir de 1° de maio, considerada insuficiente pela categoria.

A direção do sindicato foi enfática em mesa de negociação: "O índice apresentado é insuficiente e não repõe as perdas salariais acumuladas". Durante a segunda rodada de negociação, foram lidos os 15 itens da pauta de reivindicações principal que seguem sem resposta concreta da Prefeitura.

Em protesto, os(as) educadores(as) realizaram uma caminhada pelas ruas do centro de Jaboatão, chamando a atenção da comunidade escolar em prol da campanha salarial e em defesa da escola pública. O ato também teve como objetivo dar visibilidade à luta por valorização profissional e melhores condições de trabalho nas escolas.

"A categoria demonstrou mais uma vez que está mobilizada e disposta a lutar por seus direitos. A proposta do governo ainda é insuficiente, e seguiremos pressionando por respeito, valorização e dignidade. Estamos exigindo o que é justo para a nossa categoria”, afirmou a presidenta do SINPROJA, Séphora Freitas.

A próxima rodada de negociação já está marcada para o dia 30 de abril, às 9h, na Secretaria Municipal de Educação.

Henrique Lima / SINPROJA Henrique Lima / SINPROJA

Henrique Lima / SINPROJA Henrique Lima / SINPROJA

Henrique Lima / SINPROJA Henrique Lima / SINPROJA

 

PIAUÍ 

No Piauí, o SINTE-PI realiza uma série de atividades centradas no lema “Escola pública não é negócio. É direito!”. A programação denuncia os processos de privatização do ensino, a retirada de direitos e a precarização das condições de trabalho dos (as) profissionais da educação, além de paralisação.

GOIÁS

Em Goiânia, o SINTEGO realizou nesta quarta-feira (23) uma Assembleia com trabalhadores da Rede Municipal de Educação e um Ato com servidores da Rede Estadual, integrando a 26ª Semana Nacional em Defesa da Educação Pública.

Em frente à Câmara Municipal da cidade, profissionais da rede municipal aprovaram a proposta do sindicato, que inclui uma Assembleia no dia 8 de maio, com indicativo de greve. Além disso, decidiram participar da Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília, no próximo dia 29, e levar as pautas da educação para o Ato do 1º de Maio.

O SINTEGO reforçou que continuará pressionando por respostas às reivindicações, sem abrir mão de nenhuma delas, tanto na rede municipal quanto na estadual.

 

MATO GROSSO DO SUL

A FETEMS participa na tarde desta quarta-feira (23) de audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), em parceria com deputados do PT. O foco do debate é o PL 2614/2024, que trata do novo Plano Nacional de Educação (2025-2035), com palestra da professora Andréia Militão (UEMS).

Pela manhã, a federação realizou ato na Praça do Rádio Clube, seguido de passeata pelas ruas centrais de Campo Grande. A mobilização marcou o início da 26ª Semana Nacional em Defesa da Educação Pública, com alerta contra a privatização e em defesa do concurso público, piso salarial, gestão democrática e valorização dos profissionais da educação.

FETEMSFETEMS

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TOCANTINS

Em Palmas, profissionais da educação das redes estadual e municipal de ensino participaram, na manhã desta quarta-feira (23), de um ato público na Avenida JK. A mobilização integra a 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública e marca a adesão da categoria à paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

SINTETSINTET

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MINAS GERAIS

Nesta quarta-feira (23), o Sind-UTE/MG aderiu à Paralisação Nacional da Educação com plenária estadual e marcha em Belo Horizonte, mobilizando trabalhadores da educação em defesa da escola pública.

As ações integram a 26ª Semana Nacional promovida pela CNTE e reforçam a luta por uma educação democrática e de qualidade diante dos ataques e retrocessos vividos no estado.

Maxwell Vilela/Sind-UTEMaxwell Vilela/Sind-UTE

Maxwell Vilela/Sind-UTEMaxwell Vilela/Sind-UTE 

Maxwell Vilela/Sind-UTEMaxwell Vilela/Sind-UTE