Professores da Rede Estadual do Paraná entram em greve
Começou quarta-feira, 15, a greve dos professores da Rede Estadual de Ensino do Paraná. A paralisação já estava agendada desde o início do ano letivo. A data foi escolhida para coincidir com os protestos em âmbito nacional contra a Reforma da Previdência. Até sexta-feira, é certeza que não haverá aulas. No sábado, poderá haver uma assembleia geral, mas o evento ainda está co...
Publicado: 16 Março, 2017 - 13h10
Escrito por: CNTE
Começou quarta-feira, 15, a greve dos professores da Rede Estadual de Ensino do Paraná. A paralisação já estava agendada desde o início do ano letivo. A data foi escolhida para coincidir com os protestos em âmbito nacional contra a Reforma da Previdência. Até sexta-feira, é certeza que não haverá aulas. No sábado, poderá haver uma assembleia geral, mas o evento ainda está confirmado.
Na região, o núcleo regional do Sindicato dos Professores (APP), está sediado em Jacarezinho. O órgão coordena as ações da categoria em 16 municípios, que até o ano passado, contavam com cerca de 800 profissionais da área.
Segundo a secretária do Departamento de Finanças da APP Jacarezinho, Selma Maria Ambrósio, até ontem, 40% da categoria regional havia aderido à greve. Também 35 sindicalistas do núcleo regional da APP estavam em Curitiba para participar dos protestos.
“Quem ficou se reuniu na sede para discutir a Reforma da Previdência. A partir de amanhã (hoje), vamos às ruas com faixas e cartazes. Também faremos piquetes nas portas das escolas”, disse.
Como pauta própria, a categoria protesta contra medidas do governo do Estado, apelidadas de Pacotes de Maldades, que já alterou a forma de distribuição de aulas dos professores e de acordo com os sindicalistas, vem punindo os profissionais que ficaram afastados (licenciados) das escolas em 2016 por motivo de doença. De acordo com a medida do governo, tiveram prioridades na distribuição de aulas aqueles que permaneceram mais tempo dentro das salas de aulas. “Além dessas sabemos que o governador Beto Richa tem outras propostas maldosas para enviar a Assembleia Legislativa para aprovação”, comentou.
A categoria entrou na Justiça contra as alterações feitas pelo governo no final do ano passado, válidas para este ano. Uma liminar garantiu o direito a distribuição das aulas como era feito anteriormente, mas o governo conseguiu derrubar liminar . “Acredito que esse será o ano das liminares. Quando conseguimos uma a nosso favor, o governo consegue cassá-la. Entramos com outra e assim vamos fazendo valer nossos direitos. Há profissionais entrando na Justiça com ações individuais”, contou a secretária.
(Portal Vale do Sol, 16/03/2017)