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Saúde e Bem-estar : Consumo consciente de vitaminas e suplementos se faz com acompanhamento médico

Publicado: 01 Setembro, 2023 - 15h16

Escrito por: CNTE

O avanço da medicina e a busca por hábitos saudáveis entre as pessoas têm contribuído para uma vida longa da população. Segundo o médico geriatra Luiz Fernando Rangel, a busca por um envelhecimento saudável tem popularizado o uso de vitaminas e suplementos, que promovem o bem-estar e a qualidade de vida. No entanto, ele alerta para a necessidade de orientação médica antes de iniciar o consumo de qualquer suplementação, “Os suplementos têm seu papel na promoção da saúde, mas em condições
muito específicas e precisam ser indicados”, afirma.

Ele conta que, apesar de vitaminas e suplementos contribuírem com a memória, auxiliarem no tratamento de distúrbios hematológicos, ou atuarem como aliados em pós-operatórios,
como em casos de pacientes que já realizaram cirurgia bariátrica e possuem dificuldades na absorção de nutrientes, é necessário que haja acompanhamento médico, de modo a
evitar intoxicações por altas dosagens.

Luiz relata que, além dos benefícios das vitaminas do complexo B para manutenção do sistema nervoso, intestinos, regulação da quantidade de açúcar no sangue e equilíbrio
hormonal, “existem evidências científicas que reforçam a importância de repor a vitamina D, em doses baixas, para idosos a partir dos 65 anos”, descreve. “O excesso de vitamina D pode causar aumento dos níveis de cálcio, calcificação das artérias e cálculos renais, além de ser associado ao maior risco de quedas em idosos, por causar o enfraquecimento
dos ossos. Infelizmente, já presenciei pacientes saudáveis que tiveram sua vida muito comprometida e se tornaram dependentes por intoxicação de vitamina D”, declara o médico.

De acordo com o geriatra, ainda não existe uma pílula ou receita mágica capaz de garantir o bom envelhecimento para todas as pessoas, uma vez que esse processo depende de fatores pessoais, como hábitos de vida e genética. Entretanto, a boa vida pode ser alcançada com pequenos hábitos, como visitas médicas periódicas, realização de exames de sangue e urina, além de densitometria óssea, mamografia, colonoscopia e outros exames de rastreamento de doenças que tendem a ser mais comuns após os 50 anos.

“O mais perigoso para uma pessoa é achar que pode envelhecer bem sem investir nesse projeto, e que medidas simplórias como um mero suplemento pode mudar seu destino e resolver um problema complexo que é o envelhecimento bem-sucedido”, alerta. “Vai muito além da saúde física, passando pela saúde emocional que permeia toda vida, incluindo nossas relações sociais, nosso engajamento conosco e com a sociedade. Pensar em nosso envelhecimento nos convida a viver melhor em todos os sentidos, desde já”, conclui.