MENU

Sociedade repudia retrocessos que secretário de Fortaleza tenta impor a educadores

A sociedade brasileira repudia e não aceitará retrocessos trabalhistas como os que o secretário municipal de educação de Fortaleza quer impor à categoria de sua rede de ensino

Publicado: 26 Maio, 2025 - 17h48 | Última modificação: 26 Maio, 2025 - 18h31

Escrito por: CNTE | Editado por: CNTE

Mário Agra/Câmara dos Deputados
notice

A gestão do Deputado Federal licenciado Idilvan Alencar (PDT) à frente da Secretaria Municipal de Educação da cidade de Fortaleza, capital do Ceará, tem sido marcada por um processo clássico da gestão pública brasileira. Já muito conhecido pela população, quando os gestores mal-intencionados pretendem impor alguma mudança maléfica para o conjunto da sociedade, eles começam a sucatear o serviço público prestado ou simplesmente falar mal daquilo que é, por excelência, sua atribuição cuidar. Assim, depois disso, impõem o pacote de maldades.

E é desse jeito que se dá quase a totalidade dos processos de privatização que sofremos no Brasil: sucateiam até onde podem os serviços públicos e depois aparecem com a solução mágica de oferecerem o serviço às mãos privadas, que lucrarão muito, o que foi deixado propositalmente à míngua. E assim Idilvan faz agora, quando está à frente da Secretaria Municipal de Educação: sorrateiramente, começou a falar mal da educação para, assim, aparecer com uma solução extravagante.

Em abril desse ano, em fato já denunciado pelo Sindiute, sindicato da categoria de educadores da rede de ensino municipal de Fortaleza, o secretário começou a falar mal e pintar um cenário falso da educação pública da cidade, contrariando muitos índices positivos que, apesar do processo incremental de sucateamento das estruturas das escolas, os/as educadores/as conseguiram imprimir na educação do município. Agora, um mês depois, tudo está explicado: o secretário aparece com uma proposta que fere de morte os direitos trabalhistas já consagrados aos/às trabalhadores/as brasileiros/as da educação. Sua proposta de montar equipes reduzidas para trabalharem aos sábados, escolhidas sem critério claro, mas muito bem remuneradas (com um pagamento muito superior ao que é pago ao conjunto da categoria), indica o motivo de ele ter começado a falar tão mal da rede de educação que, por obrigação, ele mesmo deveria cuidar.

O “Sabadão da Equidade”, nome dado ao esdrúxulo projeto da gestão municipal de Fortaleza, não traz nada de equidade e, acima de tudo, representa um claro indicativo de retrocesso à jornada de trabalho dos/as educadores/as da cidade. Não aceitaremos medidas que, por mais que possam parecer inofensivas, representam grande risco ao conjunto da categoria. Quando todo o país se une nos debate de redução de jornada de trabalho, alguns aparecem com propostas que visam a ampliá-la. Não aceitaremos! Educadores/as de todo o Brasil se somam à luta dos/as companheiros/as de Fortaleza!

Brasília, 26 de maio de 2025
Direção Executiva da CNTE